A CENAPET apresenta, nas próximas duas postagens, a proposta preliminar para a programação do ENAPET 2011, elaborada a partir da sistematização da reunião do INTERPET UFG realizada em 20/11/2010 em Goiânia.
Programação preliminar do ENAPET 2011: justificativa e objetivos.
Justificativa: no ano de 2010, o PET sofreu uma modificação significativa na sua estrutura. Esta modificação foi implementada de forma repentina e sem discussão com a comunidade a partir da publicação das portarias 975 e 976 do MEC de 28 de julho de 2010. Estas portarias definem um novo formato legal para o programa e modificam sensivelmente o funcionamento e o próprio processo de formação patrocinado (ou mediado) pelo PET. A desvinculação dos grupos com a graduação, a criação dos grupos já com 12 bolsistas (fim do processo de implementação gradual), a expansão por edital, a redução da representatividade dos grupos nas suas instâncias decisórias e a rotatividade imposta de tutores são fatores que prejudicam a manutenção e a difusão do processo a formação tutorial dentro do próprio âmbito do programa. Este contexto se agrava no momento em que o produtivismo, o individualismo e a competição tem sido incentivados pelos processos avaliativos dentro da academia. Partindo dessa análise, podemos estabelecer um conjunto mínimo de ações futuras para a comunidade petiana Entre estas ações, uma das mais importantes é avaliar o verdadeiro impacto destas portarias sobre o programa, o impacto da criação de grupos com novos formatos sobre o processo de formação no PET. O segundo conjunto de ações deverá promover a própria educação tutorial como um processo de formação alternativo ao formato competitivo e produtivista da academia brasileira. O terceiro conjunto incluiria aquelas ações que tem o objetivo de modificar o amparo legal do programa para retroceder possíveis prejuízos instalados pelas modificações no PET implementadas pelas portarias.
Na perspectiva traçada acima, os encontros regionais e do ENAPET de 2011 teriam três objetivos básicos:
1) Avaliar o impacto, sobre o processo de formação patrocinado pelo PET, dos novos grupos criados na moldura legal das portarias 2010. Algumas questões teriam que ser abordadas:
-Como estão funcionando os novos grupos?
-Como estão funcionando os novos grupos não ligados a cursos?
-Que dificuldades eles estão enfrentando?
-Estes grupos atuam sobre a graduação mesmo não sendo ligados a cursos?
-Como estão, nas instituições, as relações entre PET/sesu e PET saberes?
-A criação de grupos com 12 alunos está produzindo prejuízo no processo de formação tutorial?
-Como as pró-reitorias de graduação estão instituindo os novos CLAS? As pró-reitorias tem pessoal para substituir os tutores e alunos que saíram dos CLAS devido a redução da representatividade dos grupos para 1/3? -Que ações de inclusão social estão sendo realmente implementadas?
-Os novos grupos PET estão conseguindo realmente promover a inclusão???
2) Discutir e promover a própria educação tutorial. Algumas questões seriam:
-O que é a educação tutorial?
-Qual é a diferença entre educação tutorial e a educação tradicional?
-A educação tutorial poder ser uma alternativa a formação competitiva, positivista e produtivista que impera na academia?
-Que tipos de atividades formativas se aproximam da educação tutorial?
3) Discutir, avaliar e traçar as perspectivas de ação para a modificação do atual formato do PET definido pelas portarias 2010.
-A partir da evolução dos novos grupos, quais os reais prejuízos e vantagens que as portarias trazem ao programa?
- Que ações os grupos, os interpets, os CLAS e a CENAPET devem implementar para modificar este quadro?
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